Animais Diádromos

07-01-2021

Afinal o que são animais diádromos? No final do artigo irá perceber que até conhece alguns animais que são assim classificados! 

Escrito por: Mafalda Martins                                                                                                  Tempo de leitura: 2min  


Algumas espécies de peixes, de forma a atraírem um menor número de predadores em estágios de vida precoces e aumentarem os recursos alimentares, evoluíram para um estilo de vida diádromo. Cerca de 1% das espécies de peixes são classificados como diádromos, isto significa que durante o seu ciclo de vida estes animais utilizam dois ecossistemas, mar e rio, migrando da água doce para a água salgada e vice-versa, geralmente com o objetivo de reprodução ou procura de alimento. Os animais diádromos podem ser classificados como :

Sabia que...

A maioria dos salmões no seu estado adulto acaba por morrer após a desova, pela exaustão que esta provoca

Anádromos

Podem ser assim classificados os peixes ou animais marinhos que se desenvolvem até à sua fase adulta no mar e só migram até águas doces na época de reprodução 

Exemplos de alguns peixes anádromos: 

  • Salmão 
  • Lampreia-marinha 
  • Esturjão 

Catádromos

São assim classificados peixes ou animais marinhos que vivem em águas doces mas na época de reprodução migram para o mar

Exemplos de alguns animais catádromos: 

  • Enguia-europeia
  • Muge
  • Solha-das-pedras

Ainda existe outra classificação: Anfídromo, esta que inclui os peixes que mudam do habitat de água doce para o habitat de água salgada no decorrer da sua vida, mas não por questões reprodutivas.

O salmão como peixe anádromo

Pertencente ao filo Chordata, o salmão nasce em águas doces, normalmente em riachos de elevadas altitudes e ao longo do seu crescimento adquire características que lhe permitem Adaptar o seu sistema de osmorregulação passando de regulador hiperosmótico (onde existe uma reabsorção tubular ativa de NaCl), a hipoosmótico (onde existe uma secreção tubular ativa de MgSO4).

Distribuindo-se pelo oceano atlântico, incluindo o mar do norte e o mar Báltico este peixe na sua forma adulta pode atingir os 120 cm de comprimento.

Estes peixes possuem duas barbatanas caudais, uma delas é característica dos salmonídeos, denominada por barbatana adiposa, muito mais desenvolvida que a segunda. Apresentam ainda manchas alaranjadas ou avermelhadas na cabeça e corpo.


Projeto no Rio Mondego que visa a conservação deste tipo de peixes

Este projeto da Universidade de Évora pretende, através da implementação de ações de gestão integrada, conservar peixes cujo ciclo de vida se divida entre os ecossistemas marinhos e de água doce, ou seja, diádromos.Iniciando-se em 1998 este projeto promoveu o aumento de 51 km de habitat para estes animais, construindo uma passagem vertical para estes peixes perto de barragens e cinco passagens naturais para peixes pequenos estas também perto de barragens, com o objetivo de promover o crescimento destes peixes para que possam atingir a fase adulta e assim poder assegurar a reprodução e consequentemente gerações futuras.




Referências

- Slides de apoio à cadeira de Biologia Animal 2020/2021

-An@dromos.pt Espécies Migradoras Disponivel em: https://anadromos.pt/peixes-migradores/ Acedido a: 5/1/2021

-Karin E. Limburg, John R. Waldman, Dramatic Declines in North Atlantic Diadromous Fishes BioScience, Volume 59, Issue 11, December 2009, Pages 955-965, https://doi.org/10.1525/bio.2009.59.11.7

-Rhpdm.uevora Habitat restoration for diadromous fish in river Mondego, Portugal Disponivel em: https://www.rhpdm.uevora.pt/index.html. Acedido a: 5/1/2021


Textos originais de Mafalda Martins, Marta Matos e Simone Baseggio 
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