Subfilo Craniata
O subfilo Craniata, ou Vertebrata, está inserido no filo Chordata, onde podemos encontrar cerca de 65 000 espécies de diferentes tipos de animais, como peixes, anfíbios e até mamíferos e aves!
Escrito por: Marta Matos Tempo de leitura: 3min
Tal como ambos os nomes deste subfilo insinuam, estes animais apresentam um crânio (ósseo ou cartilagíneo) que rodeia e protege o cérebro e, apesar de estarem inseridos no filo Chordata, ao evoluírem, substituíram a notocorda por uma coluna vertebral dorsal, ou seja, já são animais vertebrados!
Estas características permitiram a evolução destes animais, para que se tornassem maiores e mais ativos. O esqueleto, que é suportado pela coluna vertebral, é assim capaz de suportar todo o tecido muscular do animal, cuja distribuição de oxigénio é garantida pelo sistema circulatório, que por sua vez é controlado pelo sistema nervoso central do organismo. Isto é possível visto que nos animais vertebrados, os sistemas de órgãos (circulatório, nervoso, ...) já se encontra bem desenvolvidos.
Após o aparecimento dos animais vertebrados e muitos anos de evolução, houve a transição dos animais para o meio terrestre durante o Câmbrico. O aparecimento dos vertebrados foi, por esta razão, extremamente importante para o desenvolvimento de todas as espécies terrestres e aéreas.
Conseguimos então dividir este subfilo em diversos grupos de animais:
Os primeiros vertebrados, pertencentes aos Agnatas, apareceram durante o Silúrico e Devónico. Dentro deste grupo de animais encontramos as mixinas e as lampreias (Fig.2 - A), que são os peixes mais simples, não apresentam escamas, e o seu esqueleto é cartilagíneo.
De seguida, podemos encontrar dentro dos Chondrichthyans, os tubarões, as raias e as quimeras. Com estes peixes aparecem as barbatanas, extremamente importantes para a evolução dos animais marinhos, visto que permitem ao animal ter maior controlo e estabilidade na sua locomoção. Aparecem também as escamas, que neste grupo são escamas placóides.
Ainda nos Chondrichthyans, podemos reparar que dependendo da forma da locomoção, os animais apresentam determinadas modificações nas barbatanas. No caso dos tubarões, que se deslocam através de movimentos laterais e com a ajuda da sua barbatana caudal, esta última está bem desenvolvida. No entanto, nas raias, que se deslocam através de movimentos verticais, apresentam as barbatanas peitorais com um tamanho muito superior às dos tubarões, que estão menos desenvolvidas.
Voltando agora ao subfilo dos peixes dos Osteichthyes, se os compararmos aos Chondrichtyans, conseguimos observar uma série de características que os distinguem. Dentro destas, a mais importante será o facto de que o esqueleto que os Osteichthyes apresentam é ósseo enquanto que os dos Chondrichtyans é cartilagíneo.
Nota:
Barbatana Heterocerca: os dois lóbulos da barbatana são
assimétricos
Barbatana Homocerca: os dois lóbulos da barbatana são simétricos - apresentam uma vantagem evolutiva: oferecem uma maior velocidade na sua locomoção
Referências:
[1] slides de apoio às aulas de Biologia Animal 20/21
[2] D. Savada, D. Hillis; H. Heller e M. Berenbaum, "Life: The Science of Biology", 10ª edição, Sinauer Associates, Inc. Publishers